Agropecuária regenerativa: boas práticas que trazem eficiência produtiva e redução de custos!

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Agropecuária regenerativa: boas práticas que trazem eficiência produtiva e redução de custos!

Gestor da Fazenda Santa Nice explica como os manejos de recuperação e melhoramento do solo contribuem para a atividade nas propriedades

 

A forma de realizar atividades no campo passa por revisões, atualizações e evoluções a todo instante. Na atualidade, fatores como incertezas climáticas, pressões ambientais e altos custos fomentaram a discussão acerca de uma agropecuária regenerativa, que tem como base a recuperação e a melhoria dos solos.

A Beckhauser, inserida neste contexto de responsabilidade com o meio ambiente, busca entender cada vez mais como o setor se coloca diante dos desafios citados anteriormente. Nesse sentido, um dos gestores da Fazenda Santa Nice, Marcelo Grisi, compartilhou com a empresa seus conhecimentos e experiências relacionados a esse tema.

“Entendemos a agropecuária regenerativa como um conjunto de práticas de manejo que respeitam os processos naturais e que contribuem para melhoria crescente do solo, por meio de processos biológicos. Trata-se de uma agropecuária de processos, não de insumos, cujo resultado é um sistema mais sustentável, resiliente e rentável. Nesse contexto, especialmente em uma época com tantas incertezas e pressões, as práticas regenerativas ganham grande importância”, detalha.

Mas o que é a agropecuária regenerativa?

De acordo com Grisi, a agropecuária regenerativa segue princípios como distúrbio mínimo do solo (tanto mecânico quanto químico), manutenção do solo sempre coberto, presença de raízes ativas, trabalho com diversidade de espécies, integração com animais e, por fim, respeito ao contexto de cada produtor, que deve conhecer o seu ambiente e as limitações e ele inerentes.

“Nessa área, fala-se muito na visão holística do manejo da terra e do ecossistema, visando potencializar a fotossíntese das plantas, favorecer a saúde do solo e a ciclagem de nutrientes. Um fator chave nesse processo é a biologia e a sua relação simbiótica com as plantas. Todas as práticas que visem fortalecer esses processos naturais podem ser consideradas como regenerativas”, reforça Marcelo Grisi.

Benefícios para os pecuaristas na prática

Custos de produção e eficiência produtiva são dois dos principais pontos de atenção nas propriedades para determinar estratégias a curto, médio e longo prazo. Segundo o gestor da Fazenda Santa Nice, a adoção de práticas alinhadas à agropecuária regenerativa traz benefícios para os resultados do pecuarista. “Esta é uma proposta de produção a baixo custo e alta eficiência, com o objetivo de alcançar o maior benefício econômico sustentável por unidade de área”.

Em sua fazenda, que está localizada em Amaporã, região Noroeste do Paraná, Grisi explicou que adota as seguintes práticas:

  • Manejo de pasto, que busca harmonizar os princípios da fisiologia vegetal com as necessidades qualitativas e quantitativas dos animais;
  • Pastejo em alta densidade, com uso de cercas, bebedouros e saleiros móveis;
  • Plantio de mix de plantas;
  • Produção de microrganismos “on-farm”;
  • Controles biológicos;
  • Uso do composto, em substituição aos adubos químicos solúveis;
  • Uso de remineralizadores de solo;
  • Uso de extrato de composto como inoculante nos plantios e leiras de compostagem.

 

Marcelo Grisi avaliou que o caminho para a agropecuária regenerativa ainda está em crescimento, mas é um destino irreversível. “Nos últimos anos, eu tenho visto um crescente interesse por esse tema. A Santa Nice, inclusive, faz parte do GAAS (Grupo de Agricultura Sustentável), que é uma associação de produtores com o objetivo de promover e expandir soluções sustentáveis e regenerativas. Esse grupo vem crescendo ano a ano e tem atraído cada vez mais participantes em seus encontros. Esse é um caminho sem volta”, finaliza.

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