O papel do produtor na segurança alimentar 

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O papel do produtor na segurança alimentar 

A segurança alimentar é um tópico que merece muita atenção e cuidado! Atualmente, o consumidor está consciente do quão isto é importante e se preocupa em saber a procedência do produto alimentício que consome. Mas como o pecuarista, produtor da matéria-prima que dá origem à carne, pode contribuir da “porteira para dentro” para oferecer uma carne segura, de qualidade, que não transmita doenças ao homem.

Primeiramente é preciso que o produtor e a equipe que lida diretamente com o gado saibam o que realmente significa segurança alimentar. De acordo com a Wikipédia, “segurança alimentar é um conjunto de normas de produção, transporte e armazenamento de alimento visando determinadas características físicoquímicas, microbiológicas e sensoriais padronizadas, segundo as quais os alimentos seriam adequados ao consumo”.

Mesmo não tendo controle sobre todo o processo pelo qual passa o alimento (transporte até o frigorífico, abate, desossa, embalagem, armazenamento, entrega ao varejo, condições de exposição do produto e a forma como o consumidor o prepara), o produtor é o elo inicial da cadeia produtiva da carne e fazer bem a sua parte é de fundamental importância para que se tenha segurança alimentar.

Isso começa no controle de zoonoses - doenças dos animais que podem ser transmitidas ao homem - que deve ser feito na fazenda. Não basta, porém, aplicar os medicamentos, é fundamental a conscientização da equipe sobre a importância dessa prática e o cuidado com o manejo correto para a real imunização do rebanho.

 Além disso, bem-estar animal e manejo racional são palavras-chaves para que o produtor cumpra bem o seu papel para oferecer um alimento seguro. Um dos fatores diretamente ligados a essa questão é a presença de hematomas na carne, que, além da perda financeira para produtor e indústria, representam riscos à saúde do consumidor, pois o sangue é um dos principais meios de cultura de bactérias.

Para se ter uma ideia, pesquisa do ETCO (Grupo de Estudos e Pesquisas em Etologia e Ecologia Animal, da Unesp de Jaboticabal, SP) revelou que hematomas nas carcaças geram perdas de 12 milhões de quilos de carne por ano no Brasil e que 40% dessas contusões ocorre na fazenda.

O manejo feito na propriedade também interfere na reatividade dos animais entregues ao frigorífico, cujo estresse tem como consequência a diminuição da qualidade e maciez da carne, reduzindo seu tempo de duração na prateleira do supermercado. Segurança alimentar é certamente a característica mais valorizada pelo consumidor. Mais do que bem-estar animal, manejo adequado ou responsabilidade ambiental e social.

Por isso, é fundamental que essa preocupação passe a ser cada vez mais um compromisso do produtor para que o consumidor tenha garantia de que está consumindo um alimento produzido com qualidade, segurança e responsabilidade.

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