Vacinar o gado na contenção é realmente melhor e mais eficaz?
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Estamos entrando na primeira fase da campanha de imunização do rebanho contra a febre Aftosa. O procedimento de vacinação para os animais é prática aversiva. Por isso, a orientação é que seja feito de forma calma, racional, com menor impacto de estresse aos animais. E como fazer um manejo adequado na hora de vacinar o rebanho a fim de aproveitar melhor o tempo e evitar perdas, tanto financeiras como de insumos? A resposta é: na contenção individual.
De acordo com o Manual de Boas Práticas de Vacinação do Grupo de Estudos e Pesquisas em Etologia e Ecologia Animal, esta é a melhor forma para imunizar todo o rebanho. Diferente do que se pensa, o manejo de vacinação na contenção é menor que no brete coletivo, além de ser mais eficiente e barato. O tempo médio gasto para vacinação é 9,3 segundos contra 10,2 segundos por animal vacinado no brete. Isso porque as interrupções para socorrer acidentes, como levantar animais que caíram, acabam prolongando ainda mais o tempo de trabalho.
Confira abaixo como se organizar para fazer a imunização do seu rebanho na contenção:
• Ao trazer os animais para o curral, passe-os pela seringa, brete e tronco de contenção com todas as porteiras abertas, conduzindo-os imediatamente de volta ao pasto. Este exercício é recomendado como forma de acalmar e reduzir o estresse quando a contenção foi feita de forma efetiva, ou seja, é uma adaptação ao ambiente.
• Dentro do curral, trabalhe com lotes de, no máximo, 20 animais. Evite mantê-los por longo período de tempo nas mangas e leve os animais ao brete sem correria, gritos ou choques. Não encha o brete a ponto de apertar os animais! Lembre-se: eles devem ocupar no máximo metade do espaço disponível.
• Conduza um a um os animais ao tronco de contenção. O manejo pode ser facilitado com a utilização de bandeiras. Antes de conter o animal com a pescoceira, feche a porteira dianteira do equipamento e só depois contenha-o com a pescoceira. A utilização da pescoceira para brecar os animais, além de machucá-los, diminui a vida útil do seu equipamento.
• Contenha cada animal na pescoceira, de preferência com o animal já parado, sem golpeá-los. Fecha as porteiras de entrada e saída sem pancadas.
• A equipe de trabalho deve estar atenta e bem posicionada! Uma pessoa deve cuidar da porteira de entrada e da contenção do posterior do animal. A outra fica responsável pela porteira de saída e da pescoceira.
• Após o animal estar contido, um dos profissionais realiza a aplicação da vacina. Com isto, há diminuição do risco de acidentes e menor desgaste dos funcionários. Caso haja mais de um tipo de vacina ou de aplicação simultânea de vermífugo, é melhor contar com mais uma pessoa (três ao todo) aplicando os produtos em lados opostos do pescoço do animal.
• Abra a janela do tronco e proceda à vacinação. Em seguida feche a janela, solte a pescoceira e, só então, abra a porteira dianteira de saída.
• Solte o animal direto em uma remanga ou piquete com água e sombra disponível. Se possível, que encontre ali uma recompensa na forma de alimento. Este manejo pode ser feito a cada lote, ou no caso de lotes muito grandes, a cada 20 ou 30 animais.
O manual completo pode ser acessado em: https://bit.ly/3bk9SOB
Fonte: Grupo Etco.